sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Monotonia astral cósmica

     Sonhei com ela novamente. Já não basta o vazio  na minha vida, ainda preciso aturar as ilusões da minha mente. Um dia, durante minhas leituras, ou talvez conversando com um amigo, sei lá, o fato é que unindo as melhores partes de argumentos inúteis sobre amor, formulei a seguinte idéia: "Um dia todos encontrarão suas caras-metades, afinal, com tantos idiotas, devem haver muito mais delas andando por aí".
     Deixe-me esclarecer a situação. Me apaixonei por uma garota, de cabelos loiros, tão linda quanto inteligente, o momento em que a conheci foi um sonho, sério, foi o sonho de todo garoto, imagine só, um loira maravilhosa aparece diante de você, sorrindo e convida-o para uma conversa. Além do fato da situação parecer impossível de todas as maneiras possíveis, o ser a quem Deus concedera tal graça encontravasse no chão, pensando, meio desiludido, talvez um pouco triste, ou apenas entediado, em qualquer besteira, ou melhor, nada.
     Não se engane, não é um milagre daqueles: "Encontrei a garota da minha vida enquanto em minhas divagações, um tanto inúteis, sobre minha miserável vida". Não. Tão rápido foi o milagre que, enquanto agradecia a Deus, uma força obscura, contrária ao fluxo da miraculosidade, chocou-se contra meu corpo acordando-me do sonho, o sentimento assemelhou-se a ser atingido na cabeça por uma bala depois de curar-se de um cancer cerebral. A depressão tomou-me desde então.
     Apesar de não ver qualquer graça, minto, ainda rio de piadas, mas não vejo sentido algum na vida, vivo apenas pelo simples motivo de viver ou morrer, se comparados a uma moeda, poderem ser traduzidos como cara e coroa, logo, depois de jogados 50 centavos para cima, uma leve escapulida e a queda no chão, tudo terminou em cara. Agora espero minha próxima decepção, o que será? doença? pobreza? morte? ou apenas outra desilusão amorosa?, não me importa, deu cara não?!. 
     A minha idéia de vida agora é vista como uma forma de cometer loucuras, recolher dados para meus sonhos, dos quais, peço apenas um realizado, até porque só tenho um, que me visita todas as noites, ela. Querido Deus, um milagre é tudo o que peço, para fortalecer minhas crenças, para ser feliz, e, de uma vez por todas, não escrever bobagens em um blog. Seria possível, ò grande ser superior, regente de todo um universo desconhecido, um simples sinal de vida, a uma ovelha que já não avista mais seu pastor. (Sim, sarcasmo.)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Devaneios e Crenças


     O mundo ainda parece uma coincidência para mim. O primeiro sinal do amanhecer de um novo dia provém de uma imensa bola de fogo. E o começo da noite nos trás uma linda visão, uma rocha gigante flutuando no espaço.
     Pode parecer estupidez da minha parte, idéias de alguém que não tem mais o que fazer, mas se pensarmos bem, o que impediria que a grande explosão big bang lançasse o sol há anos luz de distância desse planeta, que a terra nunca ultrapassasse todos aqueles períodos de rocha fumegante e chuvas torrenciais, e que o ser humano nunca tivesse existido.
     Será que existiria vida, quem sabe nos tornaríamos seres modificados, talvez com asas ou barbatanas, em uma realidade diferente, com pequenas tribos vivendo em diferentes ambientes, seja debaixo da água ou em cima de árvores, com habilidades como velocidade ou camuflagem, possibilitando a caça de novas e estranhas presas. E apesar da escassez de tecnologias computacionais e automobilísticas, haveria pontos positivos, como a extinção da fome e do desemprego.
     O novo mundo se assemelharia ao paraíso, tornando religiões dispensáveis, logo, sem a divergência de ideais, guerras, se acontecessem, seriam raras, a liberdade e a paz poderiam ser vividas por todos, aproveitaríamos melhor a vida, e provavelmente viveríamos muito mais, ou talvez nem morrêssemos.
     A idéia do mundo engolido pelo sol não parece tão catastrófica, considerando a possibilidade de um recomeço, talvez uma nova explosão originada da exaustão do núcleo solar. O futuro é incerto, ninguém nunca saberá como tudo acontecerá, mas acreditar é sempre possível, afinal, assim como Deus, quem dirá o que é real ou não.